segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Uma xícara de café e duas doses de Nietzsche





"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: essa vida, assim como tu a vives agora e como a viveste, terá de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamen­to e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida haverão de retornar, e tudo na mesma ordem e seqüência..."


"Minha fórmula para a grandeza no homem é o amor fati: nada querer diferente, seja para trás, seja para frente, seja em toda a eternidade. Não apenas suportar o necessário, menos ainda ocultá-lo - todo o idealismo é mendacidade ante o necessário - mas amá-lo."


O

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


O que é esse incômodo senão a percepção da mudança?
Sintoma do diferente, do estranho. Do que há a vir...
Presença da indiferença, da objeção, do dejeto.

Anywhere between heaven and hell...

Não acredito em poucas palavras, nem no silêncio de duas almas inquietas, nem mesmo na fala que muito diz e nada quer dizer.
Assim como não acredito em céu e inferno, em fantasmas (prefiro apostar em fantasias), em Deus ou Diabo. Cavalos-alados, dragões, mitos.
Estou descrente numa porção do humano que nunca quis enxergar. (Por querer bem demais?)
Entre faixas de sintonias energéticas, onde a inércia é ativa, provocadora, por vezes ultrajante.
Entre o céu e o inferno, seja lá onde isso for. Só sei que é fora.
Não encontro a generosidade de outrora, o astral colorido de Amélie Poulain, a dignidade de enxergar adversidade no amor, o amor incondicional.
Não percebo a sutil diferença que pode existir entre uma "gongada" sofisticada e um exercício de querer-bem.
Meus olhos estão cerrados.
Meu coração está com a capacidade de amar em lotação.
Meu abdômen tenta segurar algo que lhe escapa.
Enquantos meus braços fortalecem seus abraços.
Meus ouvidos calaram a voz da soberania.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Dama Soturna



Vestia um tubinho branco, na altura dos joelhos, bem acinturado.
Usava no cabelo um coque tipo banana, com uma presilha de borboleta incrustada de pequenas pedras coloridas.
Exalava um perfume, e era chamada de dama-da-noite...
Era justamente durante a noite que seu outro lado aparecia.
Era durante a noite que seus pesadelos mais temidos eram-lhe revelados e como defesa, atingia ao mundo com seu poderoso perfume.
Era atravessando a madrugada que a dama tornava-se mais e mais conhecida de si mesma, e daquele casal de pedestres que por ali passava com frequência.
Seu destino era incógnito, e assim feliz vivia.
Viva na comédia e no drama de sua existência.
Dividida entre a prosa e a poesia.
No seu egoísmo em se fazer bela, em seu altruísmo em distribuir seu perfume,
Só havia um destino possível: seguir adiante...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SOBRE O FEMININO OU ALGUMAS CONSIDERÇÕES SOBRE O NÃO-SER MULHER




Ao longo de sua obra, Freud aponta a diferenciação sexual muito além da anatômica, mas que essa se dá a nível inconsciente. Na perspectiva freudiana, nenhum sujeito é detentor de uma especificidade puramente feminina ou masculina.
O complexo de Édipo consiste numa ambígua relação de sentimentos de amor e ódio em relação à mãe. O menino, amando a mãe, percebendo-a castrada, e com medo que o mesmo aconteça a ele, volta às costas ao complexo de Édipo em busca de um novo objeto amoroso.
Já a menina, entra no Édipo pela mesma via que o menino sai. Ela decepciona-se com a mãe, por não ter dado a ela um pênis e vai de encontro ao pai em busca de um filho para dar lugar ao seu falo.
O complexo de Édipo, como saída da criança frente à castração, tem como objetivo que a criança assuma o falo como significante, e de uma maneira que faça dele instrumento da ordem simbólica das trocas. Assim, permitindo a ela não apenas ser conduzida a uma escolha objetal, como uma escolha objetal heterossexual. E ainda, que se situe nesta escolha corretamente em relação à função do pai .
A metáfora paterna opera de forma a recalcar um significante primeiro (desejo da mãe), dando lugar ao significante Nome-Do-Pai, permitindo assim à criança todas as substituições (ou escolhas) possíveis na cadeia significante, desta forma, é inscrita na linguagem.
Temos aqui o falo como determinante enquanto função para a formação da sexualidade, ainda na idade infantil.
Mas de que se trata esta escolha?
O que é ser homem ou ser mulher?
A problemática se inicia a partir do momento em que o simbólico é fálico, portanto não existe inscrição do feminino no inconsciente. Lacan diz: “A mulher não existe” (L/a femme), isto quer dizer que não existe o significante da identidade feminina (S (A)). A mulher deve ser tomada uma a uma, pois não há significante prévio que a funde como mulher, como acontece no habitante do campo masculino. É uma lógica para-além do falo, uma lógica do Outro.
A saída feminina é apostar num semblent de fálica, no uso de uma máscara de quem se reconhece castrada, porém não se apresenta ao Outro como tal, daí uma lógica para-além do falo, uma lógica do Outro. Semblent enquanto véu em frente ao Real, protegendo o sujeito do gozo.
Novamente, o que quer uma mulher?
Uma mulher quer ser desejada, ou em outras palavras, quer ser causa de desejo de um homem, homem este, que em seus devaneios, busca feitos heróicos e trunfos com a finalidade de agradar uma mulher, para que ela o prefira aos outros homens. O homem está afetado/implicado com a questão do feminino por também querer saber o que é uma mulher/ o que quer uma mulher.
O feminino não existe como única saída frente à deparação da castração e suas implicações da mulher. Ele existe, não como regra, ou matema de definição. Mas como um vir a ser, um tornar-se mulher.
Tornar-se mulher passa por seu romance familiar, sua relação posterior à Mãe e ao Pai, à disputa/ rivalidade feminina (uma forma de fantasia histérica que aponta numa relação de bissexualidade, como podemos ver claramente no caso Dora e sua relação de amor com a Sra. K.) , suas futuras escolhas amorosas e muitos outros aspectos.
O novo filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, a começar pelo próprio título, evoca as vias do desejo feminino e como cada mulher da trama vivencia com o seu objeto amoroso suas posições em relação ao próprio desejo, ilustrando com maestria como o ser mulher é percebido no caso a caso.
O filme trata da história de duas jovens americanas, Vicky e Cristina, que viajam a Barcelona para passar o verão. Lá, se envolvem com Juan Antonio, um pintor ainda ligado à sua ex-mulher, Maria Elena.
Vicky, a boa-moça que se deixa levar pelos acontecimentos da viagem, que nunca sabe o que quer, apenas o que não quer/ não espera de um relacionamento, envolve-se com Juan Antonio, que ainda apaixonado por sua ex-mulher Maria Elena propõe uma relação triangular.
Cristina, que vai a Barcelona para estudar para sua tese de mestrado está noiva de um empresário em Nova Iorque, mas acaba se entregando aos braços do mesmo Juan, apesar de suas relutâncias racionais e idealizações obsessivas em querer controlar o desfile de seu desejo.
Juan é o homem que direta ou indiretamente afeta a cada uma das mulheres do filme com seu jeito sedutor, quase um Don Juan, alma de artista que sabe diferenciar o ser mulher de cada uma de suas conquistas, na individualidade do caso a caso do ser mulher.
Maria Elena, interpretada por Penélope Cruz, é a típica mulher à beira de um ataque de nervos, mostrando toda histeria e loucura na relação amorosa com Juan.
Há ainda Judd e Mark, o casal anfitrião das jovens em Barcelona. Judd tem um caso extraconjugal há algum tempo, mas tem como certo não separar-se de Mark, restando a ela estimular Vicky a largar seu noivado em troca de sua paixão por Juan, como uma forma de realizar seu próprio desejo.
De uma forma leve e engraçada, Woody Allen consegue tramar todas as mulheres em torno de um mesmo homem, e como cada uma se afeta de uma forma em relação à sua subjetividade de amar.
Seja no medo em assumir o próprio desejo, seja testando formas inusitadas de dividir um homem (pela loucura ou pela aventura), seja em assumir o objeto de desejo como impossível, ou então, seja projetando na outra mulher uma possibilidade de realizar o amor, o fato é que nem mesmo nós mulheres histéricas sabemos o que realmente quer uma mulher.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

...



Não é possível todo o tempo,
Leal,
Real,
Amiga,
Amor
Eu mesma.

Nem presença,
Nem ausência.
Nem raiva,
Nem amor.

Há sentimento,
Malícia, Vida,
Compreensão e
Superação.
Mas não é possível todo o tempo.

Sem pressa,
Sem ansiedade.
O tempo que leva
é o tempo que traz.

Quando se sabe que não é possível o tempo todo.
E que bom que assim não é.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A realidade de um castelo imaginário, ou como construir vida no real


Nunca é tempo demais para elaboração, em vista panorâmica.
Sempre é tempo demais pra se comunicar quem se é.
A lua alta em terceiro ciclo comunica o amor em mutação.
A maré acusa movimentos naturais.
O corpo é maré, e também o é seus fluídos, entre indas e vindas.
Ressacas, batimentos em pedras e descansos na areia.
Fluxos exaltados, fluxos parados, ainda que estejam gritando em calar.
Uma gota de chuva cai, marcando a areia onde a criança constrói seu forte.
E ela insiste em almofadar a terra, torneando-a como aprendeu com os apaches.
E reconstroe sua força lúdica, fortaleza. Real.
Ela se distrai e enfrenta tudo que seja terra, mar, sol, chuva, suor.
Não há mais conflitos.
A voz da criança se cala por que não é mais necessário o som que não seja o do vento.
E passa horas entretida em sua história, que é tão ou mais real que os banhistas que a cercam.
Não vê o tempo passar e não conta com marcadores de tempo.
Seu dinamismo dura o tempo que durar, assim como o amor daqueles amantes que admiram a lua em terceiro ciclo.
Assim como o inverno, que dura o tempo suficiente para permitir às flores mais um colorido.
Ou como a chuva, que cai até que se faça sol novamente.
Sem preocupações de porquês, sem indagações de quando ou sem querer medir o poder do amanhã.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Amy, Aimée, Amada, Amy


He left no time to regret
Kept his dick wet
With the same old safe bet
Me and my head high
And my tears dry
Get on without my boy
You went back to what you knew
So far removed from all that went trough
And I tread a troubled track
My odds are stacked
I´ll go back to black

We only said good-bye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to...
I go back to us

I love you much
It´s not enough
You love blow and I love puff

And life is like a pipe
And I´m a tiny penny rolling up the walls inside


We only said good-bye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

Blackkkkkkkkkkk
I go back to
I go back to

We only said good-bye with word
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

We only said good-bye with word
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to

Feriado/ Ferido



Nada como uma boa noite de sono para acalmar a alma e o humor.
Tirar a lente de uma hostilidade, dirigida a um alguém antes querido.
Apaziguar o coração, que bateu ontem tantas e tantas vezes entre a raiva, o ciúme e incessáveis picos de euforia e tesão.
Distanciar um tanto a dor e frustração que a decepção aponta.
Achar um sentido em tudo isso, tanto da lógica quanto do afeto que por aqui passou.
Aceitar que coisas boas foram rompidas, e que só serão
possíveis novamente num qualquer futuro.
O feriado da Consciência Negra, pode ser lido como o da Instabilidade Afetiva...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A vaca voadora


Ontem você me mostrou a vida acontecendo pelas frestas...
Me amou, apesar de minhas dificuldades em me reservar...
Assistiu minha sensibilidade em receber mais e mais amor...
Sentou ao meu lado no chão de vaca e riu comigo ao flagrar minha neurose em manter o tapete esticado... rs
Me permitiu te amar também...
Massagear seus pés...
Fazer carinho no seu amor...
Quero que saiba que te amo muito.
Que te amo tanto!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quando ter/ser amigos é o que mais importa!


Eu acreditei um dia que a dúvida era sinônimo de confusão de sentimentos.
E que essa confusão seria intensidade de sentir.
Entre relações amorosas, estabilidade emocional, bolo de minuto, festa!
Descobri paixão pulsante, amor, carinho e amizade.
Descobri leveza.
Descobri que a dor do amor só existe se dermos passagem.
Descobri generosidade, perdão de coisas que não deveria saber.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pelos Ares


Tou com saudade de você
Debaixo do meu cobertor
De te arrancar suspiros
Fazer amor.
Tou com saudade de você

Na varanda em noite quente
E do arrepio frio que dá na gente
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo

Eu sinto falta de você
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

Tou com saudade de você,
Do nosso banho de chuva,
Do calor na minha pele
Da língua tua.
Tou com saudade de você
Censurando o meu vestido,
Das juras de amor ao pé do ouvido,
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo.

Eu sinto a falta de você,
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

Eu sinto a falta de você,
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

ENCERRANDO UM CICLO - Paulo Coelho



Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos; seus pais, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando entamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora, soltar, desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tough


Adoraria pensar no brilho dourado de certa chama que não se apaga.
Na palavra escarrada que tira o peso de quem pronuncia e de quem a evita ouvir.
No som celeste d´uma madrugada calada, que acolhe dois amantes perdidos em esturpor.
Na renda tecida de meu próprio sangue, que outrora correra amor.
No átomo que um dia foi vida e hoje é vazio, ou talvez nada.
No perfume do asfalto que a chuva varreu.
Na sombra do homem que um dia deixarei de sonhar.
Na brasa faiscante daquele amor que um dia vi em teus olhos.
Na metade da taça de um vinho que se evaporou.
E deixou resquícios.
Amargos.
Salgado, da lágrima que não rolou.

Espaçamentos


Ela se arriscou falar em libertação, e tudo o mais fez sentido...
Na insuportável náusea de sua dor, um sorriso nasceu.
Refletido no painel de suas memórias.
Lembrou-se de tudo o que foi importante e perdeu.
Lembrou-se de cada pequena descoberta da adolescência com um misto de saudade e alívio.
Hoje era uma mulher já crescida, que havia entendido que grandes conquistas exigem grandes esforços.
Entendeu também que a febre da paixão não mata nunca a sede do corpo.
Celebra cada passo dado, cada ato difícil bem sucecido.
E neste momento, escreve estas linhas para suportar a falta.
Hell

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Para ser grande


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Viver é ser outro


Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Salvar-se de si mesmo e sobre a beleza de ser um eterno aprendiz...


A vida nos testa o tempo todo.
Quase como se pequenos desafios diários, que incluem desafetos de diferentes graus de dificuldade, fossem colocados à prova, esperando uma resposta clara e mutante.
Esses impasses nem sempre são assim vistos. Na maioria das vezes nos desanimam. Tendem a nos derrotar.
Salvar-se de si mesmo pode ser consolador e pode ser derrotante. Frustrante. Involuntário.
Acredito que a vida sempre pede passagem, às vezes sem ao menos pedir licença.
Acredito que a arte sempre tem uma resposta, ainda que distante.
Acredito na beleza de ser aprendiz... ainda que hoje desanimada.
Desânimo: palavra curiosa de sentido tanto agressivo.
Desanimar = tirar ânimo. Ânimo = vida, coragem.
Que venha logo o hoje, e que no amanhã, o cartoon de minha vida seja menos desajeitoso...
bj
Hell

terça-feira, 29 de julho de 2008

Quem são nossos heróis?


Assisti Batman O Cavaleiro das Trevas...
Depois da excelente apresentação do falecido Heath Ledger, que com todo respeito deixa Christian Bale no chinelo, fiquei me perguntando quem são os ídolos de hoje?
Quem são os heróis? Os mocinhos e os bandidos?
Bruce Wayne parece ser o cara ideal: bonito, rico, bem-sucedido, sarado e como se não faltasse mais quesitos, de um caráter indubitável...
Coringa não tem padrão: imprevisível, criativo, maquiavélico, frio...
Pode até parecer absurdo, mas fico com o Coringa... Talvez tenha sido pelo show de representação de Mr. Ledger, o fato é que quando tudo fica previsível, qdo o herói não titubeia, qdo ele é bom o tempo todo, sobra pouco a ser imaginado...
Fora o fato que sou muito mais colorido que preto e branco... rsssss
Tudo bem... O Batmóvel é um tesão, o Bruce Wayne tem uma carinha dde moço carente que derrete alguns corações... mas sou mais um bad boy, latin lover, ou o vulgo putão de beira de estrada, para abrasileirar os termos...hahaha
Será que existem heróis? Que protótipos são esses?
Protótipos, padrões, normas... dentro da ética, pra quê se enquadrar?
Sou a favor da liberdade...
bj
Hell

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Resíduo - Para Paul


De tudo ficou um pouco
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco.

Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.

Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço
― vazio ― de cigarros, ficou um pouco.

Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?

Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...
De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver... de aspirina.
De tudo ficou um pouco.

E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço, o cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte escarlate
e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes
e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão. Às vezes um rato.


Carlos Drummond de Andrade

Músicas


Minha vida sempre foi mais repleta de referências táteis-olfativas-visuais do que auditivas.
Algumas pessoas próximas estranham um pouco o fato dessa falta de musicalidade... Não tenho a música da época da inocência, nem do primeiro namorado, nem da época da facu!
Tenho sim, o cheiro de cada momento, de cada lembrança... de cada país visitado, de cada espaço por onde me desloquei.
Semana passada, estava num show de música ao vivo com meu namorado, qdo ele bem observou que apesar de estarmos há algum tempo juntos, não temos uma música!
Eu me indignei, afinal, temos o nosso cheiro! rsrsrs
Mas entendo os registros dele... onde música pode ser um tanto importante.
No fim, acho que o que vale são as boas lembranças valsando em nossas memórias... com ou sem trilha...
Bj
Hell

segunda-feira, 14 de julho de 2008

De Passagem


Casa nova, trabalho novo...
Um novo tomo do livro sendo escrito por duas pessoas novas (ainda que mesmas)...
Sou atravessada por momentos de mudanças.
Sou atravessada por idéias pra meu novo lar.
Moro num novo lar (provisório), que por me acolher tanto, já me deixa saudades!!!
E os atravessamentos continuam... é tudo tão novo em tão curto espaço de tempo!
É tão bom e tão raro sentir essa vida pulsante, que o que mais desejo é mais...
Mais e mais...rs
Bj
Hell

P.S. Alguém tem notícias do Mau?

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Precipícios


Muitas vezes, nos desesperamos diante de alguma nova situação, situação esta diferente dequela a qual estamos acostumados, e vemos como um momento ruim de nossa vida.
Simplesmente esquecemos de uma lei da vida tão certa quanto a da gravidade (embora alguns descrevam esta lei como mística), lei esta que assegura que apenas o melhor acontece a cada um.
Acredito, assim como Adorniran Barbosa, ..." que Deus não dá o frio maior que o cobertor...", sendo desta forma, nada pode ser ruim por completo!
Se temos medo de atirar nossa última vaca (metáfora do pão nosso de cada dia)nunca teremos certeza se lá embaixo não existiria uma boiada...
Importante mesmo é acreditar em si mesmo, nos próprios valores, e tocar primeira, segunda, terceira... antes de se arrepender...
Bjs
Hell

quinta-feira, 29 de maio de 2008

ReME/ NAmorando


Ontem uma amiga me contou sobre o término de um namoro com um ex-namorado.
Colocou um ponto final, sem discutir. Sem conversar sobre, pois disse não ser preciso.
Eu concordo... Uma vez que se percebe que não deu certo um relacionamento, ficar argumentando, discutindo, desgastando não leva a lugar nenhum...
Mas o que mais me chamou a atenção nessa história toda é o fato de ser um ex-namorado!!! rs
Sabe que outro dia um amigo que há muito tempo eu não encontrava me perguntou se eu estava namorando, e eu respondi: Estou rememorando, ou melhor, renamorando... rs
E acho que essa é melhor palavra para definir meu atual estado civil!
Não que eu acredite em reminiscências e retomadas; muito antes pelo contrário... Acho sem função e uma perda de tempo essa história de busca pelo que já foi, mas diferente disso, passo pelo processo não de reconstrução de um antigo relacionamento, mas de uma construção de uma história nova, e nem posso dizer que com os mesmos personagens, pois as duas partes mudaram muito durante o tempo afastados...
Re-namorar tá sendo ótimo... Já se conhece o que não funciona... o que magoa... o que oprime, aprisiona e também o que liberta. Já se conhece o que o olhar do outro quer dizer, e me arrisco dizer que é possível inclusive brincar com o que não deu certo...
De tudo o que importa é ser feliz, estar bem e satisfeitos... Cada um por si, e um com o outro!
bjs
Hell

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Terapia do Abraço parte I


Um bebê chora, levanta seus bracinhos olhando em direção à mãe...
Ela o pega no colo, nina... e muitas vezes passou!
Uma criança pós bebê demonstra muito de sua afetividade pelo abraço...
Essas crianças crescem, viram adultas... e o que acontece com o hábito de abraçar?
Quase se perde!
Um abraço diz muita coisa!
Um abraço acalenta a alma! Mima o coração!
É uma troca muito mais otimizada que um beijo, não que um substitua o outro...
Mas é no abraço que trocamos temperaturas, cheiros, intensidades...
Um abraço pode adotar vários estilos: o de carinho, o de saudades, o de apaziguação, o de paixão, o de cuidado, entre outros tantos...
E tem aquele um que por não possuir um estilo, se torna mais especial... é aquele em que as pessoas trocam um silêncio enquanto seus corpos se tocam, não dá prá explicar, só abraçando mesmo...rs
Quem vc já abraçou hoje?
o meu abraço,
Hell

Mudanças


Será que existe mudanças, quando se trata de pessoas?
Tenho presenciado de perto uma pessoa muito querida tão diferente!!!
Será que eu também não mudei? Não amadureci?
A vida anda muito maluca nos últimos meses...
O que antes era necessário, hoje se tornou apenas importante, o que antes era supérfluo, hoje se tornou fundamental...
Onde está a verdadeira Helena?
Quem é essa mulher, o que ela quer e até que ponto está disposta a arriscar para obter seus desejos?
Acho que a busca está basicamente em 3 fundamentos: LIBERDADE, DIGNIDADE e AMOR!
Liberdade, para poder agir com espontaneidade!
Dignidade, para que a liberdade não seja despudorada!
E amor, para coroar com valia os dois acima!
E se for pra ficar com um só?
Que seja o amor, o amor, o amor... a esmo... que de uma forma ou de outra, liberta e dignifica o ser amante!
Fases de re-namorar, re-amar, re-apaixonar-se, são só possíveis a partir de mudanças...
Carinho,
Hell

sexta-feira, 9 de maio de 2008

That´s Such NY... Bagels...



Ingredientes


500g de farinha de trigo (usei 5 xícaras)
02 colheres de chá de sal
330ml de água morna
02 colheres de chá de azeite
02 colheres de chá de fermento biológico seco (usei um pacotinho de 10 g)
Papoulas, gergelins, queijo e linhaça (usei semente de papoula, gergelim e ervas finas)


Preparo


"Misture a farinha e o sal em montanha em uma grande tigela e faça um buraco no meio. Despeje a água e o azeite no buraco e salpique o fermento por cima. Cubra a tigela com um pano úmido e deixe descansar por 10 minutinhos. Depois do descanso, sove a massa até ela ficar homogênea, macia, brilhante e elástica (se tiver uma batedeira poderosa com gancho de pão pode usar). Se a massa ficar muito grudenta acrescente mais farinha. Cubra a tigela novamente e deixe descansar de 60 a 90 minutos, ou até a massa dobrar de tamanho."


-- Fiquei um dúvida na parte de colocar o fermento no buraco com água, se tinha que mexer ou não, então já misturei tudo, sovei e deixei crescer. --


"Preaqueça o forno a 200C. Soque a massa e separe ela em oito bolinhas. Ponha seu dedo na farinha e fure o meio de cada bolinha, rodando para que o furo fique grandinho (ele diminui na hora de assar). Coloque os bagel s em uma superfície antiaderente, pois são grudentos. Ferva bastante água em uma panela grande. Acrescente sal na panela, abaixe o fogo e ferva os bagel s por cerca de um minuto cada um. Coloque-os em uma fôrma, salpique papoulas em um, gergelins em outro, queijo em outro e linhaça em outro. Use sua imaginação. Asse os bagel s por cerca de 30 minutos e coma com um monte de cream cheese. "

Um dia após o outro!


Nada como um dia após o outro!
Nada como deixar o tempo aquietar a alma!
Nada como viver o hoje, para merecer o amanhã!
Poucas coisas substituem as surpresas que a vida nos prepara!
Com honra e dignidade.
Com a certeza de que cada minuto sempre valerá a pena.
Hoje estou feliz...
Muito feliz...
Infernalmente feliz... rsss
E sei que sempre vale a pena Viver!
Sim, com maiúscula mesmo... pq quem vive com minúscula, poxa, tá vivendo pela metade... Tá completando o cenário da vida dos outros!
Nessa vida, quero ser sempre a protagonista das minhas peças!!!
Com sorrisos,
Hell

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Total, o Terno e o Trágico


A mulher pergunta para o homem: Você gosta de tudo em mim? Minha boca? Meus olhos? Meu nariz? Minhas orelhas?
O homem responde: Sim, gosto de tudo em você.
Então, você me ama totalmente?
Sim, diz ele. Totamente, Ternamente e Tragicamente.


Esse diálogo, que é a primeira cena de um filme de Godard, causou em mim um certo estranhamento.

A necesssidade da mulher não apenas ser amada inteiramente, mas de ser DESEJADA pedaço a pedaço.

A forma como o homem a ama: total, terna e tragicamente.

Mas não é apenas isso. A relação não se sutenta após esse diálogo. E por que não?

Ao meu ver, porque não só de amor vive um casal... Existe também a cumplicidade, o cultivar a relação, o interesse pelo outro (o avesso do desprezo, ou melhor, menosprezo)...

Uma mulher busca num homem o EFEITO de seu amor, e muitas vezes, o homem acha que esse efeito é MATERIAL... Uma casa melhor, um carro melhor... Alguns poucos buscam o efeito de um homem melhor... que busca, ou não bens materiais/dinheiro

Um homem busca numa mulher o RECONHECIMENTO por suas conquistas... Conquistas estas buscadas em nome do "amor"... Ou então, algo que ainda não descobri...rs

Agora, se for prá escolher uma forma de ser amada por esse homem, que seja INTENSAMENTE!!!

bj
Hell

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Paciência... Eu finjo ter Paciência...



Um pouco mais de paciência!!!
A vida é tão rara!

Histórico de Navegação


A história que a mulher contou ontem me comoveu.
Ela reconheceu como filha a menina que a tem como mãe do coração!
E permitiu à menina conhecer toda a verdade... a conviver com essa verdade.
Uma frase ficou presa na minha memória: "Eu não tinha o direito de negar a história dela, o passado dela. Seria como negar sua identidade, suas raízes. EU QUERO SIM CONSTRUIR UMA VIDA COM ELA A PARTIR DESTE PONTO, SEM NEGAR/APAGAR O QUE PASSOU."
Isso parece óbvio neste situação. Mas porque não em todas as outras?
Por que não nos dispomos a construir uma vida a partir do presente e seguindo pra um futuro impretérito com nossas relações amorosas?
Por que não tomamos, nesses casos, o passado como ponto fundamental de construção da identidade de nossos parceiros, e nosso mesmo?
Por que ainda que sem saber, queremos destruir o histórico do outro? Seria pra negar um vida antes do encontro?
O Mau tem um posicionamento nesse sentido, que me dá orgulho em dizer: "Esse cara é meu AMIGO!" Longe de julgamentos, hipocrisia, preconceitos (ou pré-conceitos, como queiram!), onde o que importa é o que a pessoa é no agora! Foda-se (ops!) o que foi há seis, doze, 50 meses... Quem é ela hoje? O que me faz no agora amá-la?
Prá mim, esconder, maquiar cicatrizes tem essa mesma falta de função...
Não tem porque mascarar o que foi vivido... rss (não me mata por voltar ao assunto...rs)
Aqui, acho que deveria Ser Tudo Igual...
Carinho,
Hell

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Andarilha, eremita...



Hoje acordei hermética e agressiva!
Mentira... Acho que muito mais agressiva do que hermética...
Usando de erradas estratégias...
Usando o ataque como melhor defesa...
Com pedras nas mãos e peso no coração...
Cansei de ser presente.
Cansei de me importar.
Decidi mudar.
Me mudar.
Resolvi seguir sozinha,
como já um dia foi...
Acompanhada de minha intuição,
de meus aliados,
Guiada ora pela luz da lua,
ora pelos faróis dos carros...
O coração já mais leve,
Um esboço de doçura invadindo.
Um sorriso.

Hell

terça-feira, 22 de abril de 2008

I´ve got you... under my skin...




O último post me levou a essa música...

Amor tão grande cabe no breve espaço de um respirar

Mau,

Linda a letra do espetáculo O Teatro Mágico!

"...Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..."

Acho que o maior dos amores é aquele que te permite amar enquanto respirar...

Você se lembra de uma vez, que estávamos na Real (dia que encontramos a Cica e vc não me deixou perguntar como ela engravidou de um vasectomizado...rsrs), e vc me pediu prá pensar em todos os homens que amei, um a um, e se eu ainda amava?

Acho que vai por esse viés o texto, Mau!

Temos vários motivos pra gostar de uma pessoa, mas apenas um pra amá-la, e assim o fazemos, até que paremos de respirar...

Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de vc, só enquanto eu respirar...

Bj

Hell (hj um tanto menos infernal!!!)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Stuck in a moment you can´t get out of





I'm not afraid of anything in this world
There's nothing you can throw at me that I haven't
already heard

I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company
I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it
I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to meI still listen through your ears, and through your eyes I can see
And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it
I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep..
.I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it
And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass
And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass

Ser mesmo, a esmo...


Quero o avesso da minha previsibildade.

De nada me incomoda o tempo que foi,

os adornos causados pela velhice ao redor de meus olhos,

ou os fios mais claros percorrendo a minha cabeça.

Quero a beleza que o espelho da alma reflete.

Quero a minha reinvenção.

Ser velho, é ser mesmo.

Quero a juventude que a alegria sempre dá carona.

Quero o poder de mudar de idéia, velhos hábitos, reciclagem.

Fazer anos é poder olhar o construído e

sacar que ainda que o presente vá por água abaixo,

o futuro pode ser reformulado, só depende do intento.

Quero tirar minha máscara,

mostrar que a face é idêntica, autêntica, incorrompível...


Gangorras, Roda-Gigantes, Montanha-Russas e outros brinquedos emocionais







Ontem um amigo me disse algo muito interessante: "Se não for prá ser eterno e infinito, que ao menos seja leve..." Eu prometi que daria o crédito a ele, então vai: Anní, muito pertinente seu comentário...

Mais ainda agora, 24hs depois da nossa conversa...

A vida acontece, os bons momentos passam, os maus momentos também passam, e o que é de valor, permanece.

Cada um tem sua maneira de reconhecer paixões. Uns reconhecem do alto da roda gigante, outros, quebram copos, o reconhecer da vida no sangue. Há estes que reconhecem nas ascendências lentas e bruscas descidas da roda gigante, e aqueles, no sincronizado sobe/desce da gangorra.

E tem também quem nunca reconhece.

Viver é "re-significar".

Viver é melhor que sonhar.

Só não dá pra ficar parado, esperando a vida acontecer.

Esperando o florista te colher a melhor rosa.

Em qualquer um dos movimentos deste "brincar de exercer amor", legal que seja vivo, leve, e intenso.

É de se admirar uma disposição em viver a busca pela vontade, pelo desejo (FELICIDADE?).

É de se admirar uma disposição em se auto-expor, sem freios, sem pudores (VERACIDADE?).

Tenho muito a dizer, mas se eu pudesse dizer tudo, se tornaria desinteressante no sinestésico.

Dosagens de temperança...rs

Vontade de Disneylândia...rs


Hell








sexta-feira, 18 de abril de 2008

Comentários ao desabafo...

"São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades".
(Albus Dumbledore)
* * *
Querer tudo certo o tempo todo, principalmente naquilo que não depende só de nós mesmos (entenda-se, relacionamentos) é um belo começo... com o pé esquerdo!

A Hell se diz ansiosa por resolver pendências, e eu sei que é verdade, mas tem uma coisa que me incomoda: ser fiel ao que se sente significa ceder à ansiedade? Não há mesmo outra opção, sem se trair?

E a fidelidade ao amor? E o tal “dar o que não se tem àquele que não pediu”?

Li uma frase interessante em algum lugar (alguém se lembra?), era mais ou menos assim: “Hoje, acredito que o que importa é o que se sente... O que passou, passou.... Verdades detalhadas, neste caso só machucam.”

E você, no que acredita?

Pois não acredite, saiba.

Faça acontecer.

Ou logo, logo poderá deixar de acreditar.

Mau

* * *

Ser fiel ao que se sente...


E quando nossos sentimentos apontam para a auto-destruição?

E quando apontam para o sofrimento de outras pessoas (queridas ou não)?

E quando temos sentimentos contraditórios em relação a alguém ou uma situação?

É tudo igual?
* * *

O Anjo Mais Velho

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim

E o fim é belo, incerto...
Depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar...

(
O Teatro Mágico)
* * *

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Desabafo


Por que quando queremos tudo certo fazemos tudo errado?


O Mau vive dizendo para eu relaxar...


Mas parece que quanto mais tento ser transparente e fiel ao que sinto, mais me meto em confusão... rs


Semana passada tive um desentendimento com uma pessoa que me é muito querida, e pra dizer bem a verdade, nem sei ao certo o que aconteceu... Só sei que quis conversar sobre e, tudo o que consegui foi continuar conversando comigo mesma!


Deixei passar, cada pessoa tem seu tempo, sua hora pra re-organizar chateações...


Talvez no fundo, eu seja ansiosa demais por resolver pendências... Talvez no fundo, eu tenha mais urgência em viver o hoje... Pois quem garante o amanhã?


Mas a presença da ausência dela me desconforta. Me mortaliza. E me faz pensar no quanto realmente somos solitários na nossa trilha subjetiva...


bj e bom dia!


Hell

terça-feira, 15 de abril de 2008

Cicatrizes Ostentadas


Mau,
Achei essa frase perambulando por uma comunidade do Orkut, e lembrei de uma recente discussão...rs

"as cicatrizes tem o poder de mostrar que o passado foi real"

Hannibal Lecter, Dragão Vermelho

Quer comentar?
Bj
Hell

UMA FRASE PARA O AGORA


"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei prá me proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amada e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo músicas e vendo fotos, já liguei só prá escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... E você també não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante."


quinta-feira, 10 de abril de 2008

A Verdade existe? parte II


Mau,
Gostaria de retomar o tema do penúltimo post, sobre o que vc diz sobre Verdade.
Ontem a noite, assisti novamente ao filme: Closer - Perto Demais, e me dei conta de um jogo de verdades que existe ali, que ora sustenta o que eu defendo (a verdade, nua e crua, doa a quem doer) e ora sustenta o que vc defende (a verdade existe? e sob qual ponto de vista ela importa?).
Entrei em dúvidas...rs
Será que o conceito de verdade em mim foi subvertido?
Será que pelos acontecimentos das últimas semanas, me tornei mais maleável, como uma barra de aço após ser tomada pelo calor de um maçarico?
Não sei definir, não por enquanto, pelo menos.
Bem, reli também uma crítica do Calligaris (que deixo como link pra consulta) e o que gostaria de recortar é o item 5.
Hoje, acredito que o que importa é o que se sente... O que passou, passou.... Verdades detalhadas, neste caso só machucam.
Nesta nova proposição, acredito que verdadeiro é o sentido/vivido/falado em cumplicidade com o outro, seja esse outro quem for.
A lealdade está, ao meu ver, nessa relação de conexão e cumplicidade...
Mas isso é um assunto prá outro post...
Bjinhos
Hell

segunda-feira, 31 de março de 2008

A Era das Balzacas...


"O casamento deve combater incessantemente um monstro que devora tudo: o hábito." (Honoré de Balzac)

***

Me permiti copiar e colar o trecho de A Mulher de Trinta Anos: "Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer."


Só prá contextualizar, o livro trata a fundo da questão do destino da mulher na sociedade e, em particular, dentro do casamento. "A Mulher de Trinta anos" contém estudos de psicologia feminina de extrema agudeza. Sua personagem principal, Júlia d`Àiglemont, é o primeiro grande retrato da mulher mal casada, consciente da razão de seus sofrimentos e revoltada contra a instituição imperfeita do matrimônio.


Constitui uma etapa na história da emancipação feminina. Revela-nos os sofrimentos da mulher incompreendida que não encontrou no casamento a realização de seus sonhos.


Por mais incrível que possa parecer, mais de um século e meio depois, após a ala feminina ter conquistado seu papel na política, na história, e, mais que isso, se auto-nominar como senhora de seu desejo, ainda se vê posições inconcebíveis quando o assunto é casamento.


É triste ouvir amigas se casando (ou às vezas mal-casando) com uma espécie de auto-indulgência implícita no texto: " É melhor ser divorciada do que solteira!"


Juro que quando ouço isso, sinto vontade de mudar de sexo!!!!


Casamento prá mim é outra coisa!


É muito mais prático. Mais maduro. Mais responsável.


Casar, por ser a companhia do outro agradável, por confiar em alguém a ponto de dividir sua contas com ele, seus segredos.... seus sonhos e fantasias...


Não colocando sobre os ombros do outro a responsabilidade da tua própria felicidade. ESTA só pode ser conquistada por você.


Além disso, casar, no sentido prático da coisa, só sendo independente tanto emocionalmente quanto financeiramente, com a maturidade de levar a coisa o tão pra sempre quanto dure o ser feliz do casal, ou o amor, como preferir...


Impossível essa conquista antes dos 30 anos... Sério!


Depois disso, vale tudo: festas gigantes, bem-decoradas, vestido dos sonhos (mas por favor, consulte alguém de confiança estética prá te ajudar nesta escolha!!!), viagens paradisíacas... o que for preciso... desde que os dois tenham em mente manter as honrarias ao afastar o tédio, o hábito, a rotina.


Ah! Também vale a pena a boa e velha festinha que deixa prá trás a antiga condição civil.... rs


Entenda-se aqui o que sua imaginação permitir....rs



bjinhos


Hell


quarta-feira, 12 de março de 2008

“A Verdade” existe?

"Devemos ter ciência que a Verdade
não é propriedade de ninguém, de nenhuma raça.
Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusividade.
A Verdade é a natureza simples de todos os seres..."
(Swami Vivekananda - Mestre Indu)

* * *


O belo texto da Hell (gostei da grafia!) sobre “verdades” cumpriu o seu papel e me levou a pensar, questionar, refletir...

Depois de esgotar minhas próprias idéias, decidi apelar para o pai dos burros do século XXI e procurei no Google o que alguns pensadores mais renomados que eu disseram sobre o assunto. De Swami Vivekananda a Nietzsche, passando pelo Dalai Lama e a Bíblia, encontrei muitas verdades diferentes.

No final, esse processo só fez reforçar a opinião que eu já tinha, de que a “verdade” está dentro de cada um de nós, na nossa convicção, nossa crença, nosso ponto de vista. E a coerência que a Hell citou, à qual eu dou tanta importância, é a capacidade de viver e agir em concordância com essa verdade interna.

O problema está no intercâmbio dessas verdades, que nem sempre é sadio. As pessoas se acostumam a esconder suas verdades por medo de julgamento e rejeição, ou para evitar mágoa e conflito. Daí as máscaras.

Por outro lado, quem pode dizer honestamente que está sempre, sempre aberto à verdade alheia, sem filtros ou julgamentos? Quem nunca tentou convencer outra pessoa da sua própria verdade? Convenhamos, a "culpa" é de todos nós.

Há alguns anos, uma namorada me perguntou se eu achava que ela estava bem naquela roupa. Com todo o meu tato de escorpiano, eu disse que não. Nesse momento, desprezei o óbvio: ela tinha convicção de que estava, sim, muito bem. Queria apenas minha reafirmação. A negativa, é claro, gerou um conflito, uma dúvida, daquelas que doem... e por muito tempo.

Talvez fosse melhor simplesmente ter aceitado a verdade dela, e concordado. Deixo essa conclusão a cargo de cada um.

Ser straight to the point não é só uma questão de se expor, muitas vezes é uma questão de expor a quem se ama. Desnecessariamente? Em muitos casos, sim.

Particularmente, dou mais importância à intenção por trás de cada atitude do que à atitude em si. Mentir, omitir, enganar é errado SEMPRE? Se o cara que você ama lhe perguntasse se é melhor na cama do que seu último amante, você seria capaz de responder “não”?

A Hell diz que “a verdade exige auto-exposição, ética exacerbada”. Discordo. A verdade pode ser usada para machucar e isso não é coisa para fortes.

Forte é aquele que guarda para si a verdade que fere e compartilha a que ameniza a dor.

Não é tudo igual. Não aqui.

Sejam fortes,

Mauricio

segunda-feira, 10 de março de 2008

Coração Malhado


Há uns meses mudei tudo...
Comecei uma dieta e junto a malhação....
Aula de dança, de corrida, de psicologia, acunputura, ortomolecular... Ufa!!!!
Depois de vários kgs perdidos, percebi os músculos da panturrilha e da coxa começando a querer rasgar a pele...rs
Caí na questão, será que de tanto malhar (amar) o coração também endurece?
O Mau se sente um tanto incomodado com o fato de eu ostentar com orgulho minhas cicatrizes... rs (Mas atentem-se ao fato que sem elas, eu não poderia ser o que sou hoje!!!)
Vivo, como a maioria das mulheres, motivada por paixões - talvez por isso um estilo de escrita tão passional... - volta a pergunta: será que como outros músculos, o coração enrijece ao ser exercitado?
Acho que a falta de prática de amar tira sim o condicionamento emocional, tornando pessoas frias, como robôs programados a praticar tarefas... pessoas que praticam sexo pelo esporte, nunca pelo envolvimento, ainda que dure apenas uma noite: um beijo, um olhar, um rastro de perfume!
Coisa de gente intensa no que faz...rs
Prefiro os encontros não marcados, a aventura do risco ao enamorar-se, o beijo dado com a alma que vale mais que mil contratos...
Quem não se atira ao penhasco, não consegue aprender a voar... e eu pretendo deixar sim, MINHAS ASAS bem treinadas, para que elas possam acompanhar as batidas de meu coração...
Mesmo que isso signifique mais uma marquinha a ser ostentada, viu Mau?


Bj com carinho,
Hell (por sugestão de uma leitora, grafarei a partir de agora com 2 ls)

domingo, 9 de março de 2008

Verdades...


Sou a favor da VERDADE.
Entenda-se por verdade o coerente a si próprio. Sem máscaras.
É indizível poder praticar o que se sente sem medo de parecer ridícula.
Além da verdade, também sou a favor da transparência. E da falta de rodeios... Ser straigth to the point... - o Mau vê nisso sinal de perigo! rs ... mas também muitas vezes ele é o alvo...kkk -
Traz orgulho, e é satisfatório poder compartilhar com um amigo o sentido (sentimento) sabendo ser compreendida.
Por que alguns casais perdem a capacidade de conversar abertamente um com o outro?
Será que os momentos de maior desentendimento entre dois, não é uma falta de arriscar-se a expor verdadeiras intenções?
Não é a verdade que dói. O que dói é a dúvida. O engodo. O jogo. O julgar.
A partir do momento que o jogo existe, existe a possibilidade de ganhar ou perder ou empatar, e, aprendemos desde cedo que perder é negativo, é pejorativo.
E ganhar? Ganhando também se perde. Mudança é perda e ganho ao mesmo tempo.
Mudança é vida, é cíclico.
Ganhar exige abrir mão do que se tem... e nem todos se dispõem a arriscar.
Mas continuo em favor da verdade... é mais difícil.
Difícil não, mais delicado. Pois A verdade exige auto-exposição, ética exacerbada.
Coisa pra poucos. Coisa pra fortes.
É importante ser tudo igual?
Carinho,
Hel

Nudez Diferente


Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente.
Nudez pode ter um significado diferente.
Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.
Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana.
Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.Não conheço strip-tease mais sedutor...

Bjs,
Helena

Boa sorte a todos nós!

Querida,

Obrigado pela apresentação e pelas boas-vindas!

Como você já sabe, adorei a idéia e, mais uma vez, agradeço a honra de ter sido, entre os tantos amigos que você tem, escolhido para compartilhar este espaço.

Espero que consigamos produzir aqui algo que se aproveite!

Àqueles que não têm ainda o prazer de conhecer Helena pessoalmente, devo dizer que é uma mulher única: inteligente, sincera, direta (opa... perigo!), bem humorada e linda!

O tipo de mulher que, de uma hora para outra, decide se reinventar e adota um estilo totalmente diferente, inova, ousa, choca, faz-se princesa sem perder a profundidade.

A Hel é sempre aquela companhia que me proporciona as combinações mais variadas, como samba + cerveja + Seminários de Jacques Lacan, ou jazz + cosmopolitan + “quero meu cabelo igual ao da Anne Hathaway em O Diabo Veste Prada”.

É essa diversidade de idéias e momentos que faz da nossa amizade algo tão construtivo, para nós dois. Eu aprendo – e muito – com o tal “ponto de vista macho/feminino” dela, e vice-versa (ou não...).

Talvez seja essa a idéia do blog, compartilhar um pouquinho dessas discussões que nos fazem tão bem, na esperança de que outras pessoas possam pegar um pedaço do que a gente vive e aplicar às suas vidas também.

A todos os interessados, sejam bem-vindos.

A casa é de todos nós!

Maurício

Ano Novo /Ano Pessoal


Detesto comemorações de fim de ano.


Hora marcada para amar (como se o próprio amor tivesse a elegância de pedir licença pra visitar!), momento agendado para se estar junto, com começo, meio e fim...


Prefiro encarar o ano novo pessoal, data esta, no meu caso coincidente com a festividade mundial...


Divagações à parte, o que mudou em 2008?


É comum pessoas se proporem um lista de afazeres (ou por fazer) no ano seguinte - como se mundanças, principalmente as pessoais, fossem bruscas?!?! - e irem checkando a lista, como se a vida assim fosse linear.


Acho mais interessante o aprés-cours... Mais genuíno percerber-se mudado pela vida ao se propor mudar racionalmente.


É mais importante ser ator ou personagem, uma vez que representamos quase que o tempo todo? A divisão de papéis é quase que imperceptível a si próprio... e o outro é a divisão de águas...


Ser o que se foi jamais será uma experiência permitida aqui/agora, ainda que na ficção o seja.


Dica: Olha pro externo. O estético pode ser tão valioso quanto o ético.


Vem perguntar onde a tranformação se realizou diante o passado? Olha novamente e se atenta a descobrir a resposta!


Continuamente descontínuo...


Ser o que se foi, e continuar a sê-lo de forma diferente... eis a mudança sem se perder a IDENTIDADE!


O que é intrínseco permanece. O que é atuação se esvai...


Mudança = Vontade + Desejo


Vontade é consciente.


Máscaras = Armaduras


Quem é vc hoje?

Será que é tudo igual?

bjinho

Hel

terça-feira, 4 de março de 2008

Apresentação

A idéia deste blog surgiu de vários bate-papos que tenho semanalmente com um amigo.

São conversas comuns, na ótica da simplicidade do assunto, porém muito filosóficas no sentido da profundidade que cada tema pode alcançar.

Questões como: Por que elas buscam A, enquanto eles oferecem B?

De que vale a pena X, sem Y?

Como dizer Z, sem parecer W?.... entre outras, são discutidas informalmente.

Conheço o Maurício há quase 10 anos!!!! (nossa, já faz tudo isso?) E o mínimo que posso dizer é que ele é amigo pra toda hora.

Alguém para se fazer tudo e nada, entre o céu e o inferno. Apesar de que sempre ultrapassamos a fronteira, não é mesmo Mau?

Um cara inteligente, sagaz, bem-humorado, bonitão, e o mais raro no perfil: HETERO...rsrsrs

Nos momentos tempestivos, festejantes, deprês, faça chuva ou faça sol, o Mau está sempre por perto, dando carinho, conforto, atenção e... suas coerentes alfinetadas... (não se preocupem, é para o bem de todas nós!!! rs)

Ele sempre me ajudou a "pensar o masculino", todavia tenha alma extremamente sensível. Acredito, que de alguma forma, meu ponto de vista macho/feminina também valeu de um jeito ou de outro a ajudá-lo a entender a subjetividade DO QUE QUER UMA MULHER.

Assim sendo, nos propusemos a criar este espaço para compartilhar nossas idéias, opiniões, sugestões e vontades.

Seja bem-vindo, Mau!

A casa também é sua!

Afinal, é tudo igual!

Carinho,

Helena