
Vestia um tubinho branco, na altura dos joelhos, bem acinturado.
Usava no cabelo um coque tipo banana, com uma presilha de borboleta incrustada de pequenas pedras coloridas.
Exalava um perfume, e era chamada de dama-da-noite...
Era justamente durante a noite que seu outro lado aparecia.
Era durante a noite que seus pesadelos mais temidos eram-lhe revelados e como defesa, atingia ao mundo com seu poderoso perfume.
Era atravessando a madrugada que a dama tornava-se mais e mais conhecida de si mesma, e daquele casal de pedestres que por ali passava com frequência.
Seu destino era incógnito, e assim feliz vivia.
Viva na comédia e no drama de sua existência.
Dividida entre a prosa e a poesia.
No seu egoísmo em se fazer bela, em seu altruísmo em distribuir seu perfume,
Só havia um destino possível: seguir adiante...
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