segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ser mesmo, a esmo...


Quero o avesso da minha previsibildade.

De nada me incomoda o tempo que foi,

os adornos causados pela velhice ao redor de meus olhos,

ou os fios mais claros percorrendo a minha cabeça.

Quero a beleza que o espelho da alma reflete.

Quero a minha reinvenção.

Ser velho, é ser mesmo.

Quero a juventude que a alegria sempre dá carona.

Quero o poder de mudar de idéia, velhos hábitos, reciclagem.

Fazer anos é poder olhar o construído e

sacar que ainda que o presente vá por água abaixo,

o futuro pode ser reformulado, só depende do intento.

Quero tirar minha máscara,

mostrar que a face é idêntica, autêntica, incorrompível...


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