quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ela saiu de lá como um meteoro após se chocar com o planeta.
Não havia equação nenhuma em todo o mundo que resolvesse sua particular partida de varetas.
Escolheu remover o palito da dor quando não por acaso descobriu que ele sustentava várias outras emoções.
Não conseguiu evitar as lágrimas que pingavam de seus olhos.
Havia tempo que descobrira que palavras não eram simples palavras, mas carregavam poder de significados, quase sempre metafóricos.
Passou um novo perfume como se ele ao bezuntá-la lhe faxinasse a alma.
Abriu a torneira e imediatamente o chuveiro quente passou a chorar com ela.
A água a acalmou e em poucos minutos foi capaz de pedir uma  pizza.
Em seguida, abriu o livro de geometria na página marcada e prosseguiu sua leitura...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Abriu o jornal de hoje e seu olhar corria rapidamente à procura da astrologia.
Deveria haver alguma movimentação nas constelações para responder às agitações das últimas 24h.
Sentia uma revolução em sua vida. Em vários aspectos.
De repente, sentia necessidade de trocar de pele, ainda que sendo quem ela era.
Metamorfose.
Se colocou prazo para a maior mudança, e de repente compreendeu que em absoluto não tinah controle sobre as decisões.
Queria mudar de área, de ares, de rua... e em breve teria a sua resposta.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


A cidade a carregou por toda parte, com pulsação vibrante e desconhecida.
Sentiu vontade de ser rosa, azul ou verde... Ficou tudo colorido.
Sentiu a educação do povo e a contradição entre a manutenção das tradições seculares e uma ultra-moderna jovialidade.
Foi inserida num ritmo alucinante. E amou!!!
Amou a lateralidade invertida, os taxis totalmente automatizados com a mesma aparência do século passado.
Transporte público que funciona.
Pontualidade.
Seu um centavo de troco que não veio em bala...
O tilintar dos copos nos pubs.
Os prédios vermelhos, brancos, verdes.
A comida saborosa (não esperava ter lá comidas saborosas).
Faltou tempo e sobrou saudades.