sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Buscou, insessantemente sua marca, seu estilo. Sua caligrafia subjetiva.
Redescobriu (ou lembrou-se?) de seu amor pela cor, pela história humana, pela arte.
Passou a ler Itten como antigamente lia Sheldon. E se apaixonou pela Bauhaus, Kandinsky, Miro.
E Van Gogh, e mais cores, e harmonias, de um, dois, três, quatro matizes.
Foi quando descobriu a luz, na interferência da luz e da sombra em sua face. E na sua alma.
A mesma luz que desbravou e trouxe à tona seus conflitos mais obscuros, mostrou todos o cobre de seus olhos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Foi na sua busca pela perfeição que descobriu a paixão, que se sobrepunha à técnica.
Foi errante que defrontou o amor à cor.
Redescobriu-se em todas as matizes, saturações.
Foi exatamente na pausa onde achou o dinamismo. Por sua excelência.
Não queria precisar parar o mundo para chegar na sua maior essência - a verdade.
Sorriu um riso tristo, emocionado e aflito, mas havia um orgulho de desembaçar sua imagem no espelho.
De distorcer-se e encontrar-se nítida.
Com volúpia e intensidade.
Queria agradecer ao homem que lhe servia de espelho, mas nunca encontraria palavras exatas.
Ele estava lhe ajudando a ser ela, artista.
Sem julgamento, sem pressa e com cuidado.
Sabia que um passo em falso e ela lhe escaparia por entre os dedos.
E foi então que vislumbrou seu lado mal, seu lado terreno.
Sua face passional.