terça-feira, 12 de maio de 2009

Silêncio


Ela passou pelas duas portas que abafavam a passagem do som, do choro.
E naquele exato momento percebeu que o silêncio gritava em sua alma.
Por que nunca encontrava uma porta para calar seus pensamentos?
Saiu com lágrimas nos olhos, quase tímida em acenar para a pessoa que aguardava na sala de espera.
Engoliu seu pranto.
Só na calçada, longe dos olhos de qualquer conhecido, sua angústia urrou.
No silêncio, até ser aliviada...
Fazia algum tempo que não precisava de um café quente como naquele momento.
Tinha a segurança de saber quem era essa que sorria para ela pelo retrovisor,
e a curiosidade em conhecer seus próprios limites.

terça-feira, 5 de maio de 2009


Vários mundo já se passaram por estes pés cansados.
Tantos bois marcados.
Tanta saudades lá prá frente.
Tanta grama deixada pelo caminho.
O caminho todo percorrido e tão pouco evitado.
E a viola descansando no chão da sala.
O chão dos amantes de outrora.
Personagens de uma força-ingenuidade.
Onde a bruxa é bruxa,
e o cobrador sempre volta na semana seguinte.