quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A vaca voadora


Ontem você me mostrou a vida acontecendo pelas frestas...
Me amou, apesar de minhas dificuldades em me reservar...
Assistiu minha sensibilidade em receber mais e mais amor...
Sentou ao meu lado no chão de vaca e riu comigo ao flagrar minha neurose em manter o tapete esticado... rs
Me permitiu te amar também...
Massagear seus pés...
Fazer carinho no seu amor...
Quero que saiba que te amo muito.
Que te amo tanto!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quando ter/ser amigos é o que mais importa!


Eu acreditei um dia que a dúvida era sinônimo de confusão de sentimentos.
E que essa confusão seria intensidade de sentir.
Entre relações amorosas, estabilidade emocional, bolo de minuto, festa!
Descobri paixão pulsante, amor, carinho e amizade.
Descobri leveza.
Descobri que a dor do amor só existe se dermos passagem.
Descobri generosidade, perdão de coisas que não deveria saber.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pelos Ares


Tou com saudade de você
Debaixo do meu cobertor
De te arrancar suspiros
Fazer amor.
Tou com saudade de você

Na varanda em noite quente
E do arrepio frio que dá na gente
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo

Eu sinto falta de você
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

Tou com saudade de você,
Do nosso banho de chuva,
Do calor na minha pele
Da língua tua.
Tou com saudade de você
Censurando o meu vestido,
Das juras de amor ao pé do ouvido,
Truque do desejo,
Guardo na boca o gosto do beijo.

Eu sinto a falta de você,
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

Eu sinto a falta de você,
Me sinto só

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

E aí, será que você volta,
Tudo à minha volta,
É triste.
E aí, o amor pode acontecer,
De novo pra você,
Palpite.

ENCERRANDO UM CICLO - Paulo Coelho



Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos; seus pais, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando entamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora, soltar, desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tough


Adoraria pensar no brilho dourado de certa chama que não se apaga.
Na palavra escarrada que tira o peso de quem pronuncia e de quem a evita ouvir.
No som celeste d´uma madrugada calada, que acolhe dois amantes perdidos em esturpor.
Na renda tecida de meu próprio sangue, que outrora correra amor.
No átomo que um dia foi vida e hoje é vazio, ou talvez nada.
No perfume do asfalto que a chuva varreu.
Na sombra do homem que um dia deixarei de sonhar.
Na brasa faiscante daquele amor que um dia vi em teus olhos.
Na metade da taça de um vinho que se evaporou.
E deixou resquícios.
Amargos.
Salgado, da lágrima que não rolou.

Espaçamentos


Ela se arriscou falar em libertação, e tudo o mais fez sentido...
Na insuportável náusea de sua dor, um sorriso nasceu.
Refletido no painel de suas memórias.
Lembrou-se de tudo o que foi importante e perdeu.
Lembrou-se de cada pequena descoberta da adolescência com um misto de saudade e alívio.
Hoje era uma mulher já crescida, que havia entendido que grandes conquistas exigem grandes esforços.
Entendeu também que a febre da paixão não mata nunca a sede do corpo.
Celebra cada passo dado, cada ato difícil bem sucecido.
E neste momento, escreve estas linhas para suportar a falta.
Hell