Inteligência, beleza, magreza...
Predicados parciais que dependem dos olhos de quem vê.
Futilidade é julgamento, e isto, pra mim, não serve!
Confrontos podem ser encarados como obstáculos.
Alguns pulam, outros contornam, há quem volte e quem fica aflito.
Depende do condicionamento do gladiador em questão.
De todo modo, há confrontos que fortalecem ou enfraquecem, assim como o mesmo vento que alimenta uma fogueira, apaga uma vela.
E se o olhar de fora vê como um contentar-se com pouco,
melhor continuar no afastamento mesmo.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
AMIZADE VERDADEIRA
Pítias, condenado à morte pelo tirano Dionísio, passava na prisão os seus últimos dias.
Dizia não temer a morte, mas como explicar que seus olhos se enchessem de lágrimas
ao ver o caminho que se abria diante das grades da prisão? Sim, era a dura lembrança dos velhos pais! Era ele o arrimo e o consolo deles. Não mais suportando,
um dia Pítias disse ao tirano: - Permita-me ir à casa abraçar meus pais e resolver
meus negócios. Estarei de volta em quatro dias, sem acrescentar nem uma hora a mais.
- Como posso acreditar na sua promessa? Os caminhos são desertos.
O que você quer mesmo é fugir - respondeu Dionísio, irônica e zombeteiramente.
- Senhor, é preciso que eu vá. Meus pais estão velhinhos e só contam comigo para
se defenderem - insistiu Pítias com o olhar nublado de lágrimas.
Vendo que o tirano se mantinha irredutível, Damon, jovem e amigo de Pítias,
interveio propondo:
- Conceda a licença que meu amigo pede; conheço seus pais e sei que carecem
da ajuda do filho. Deixe-o partir e garanto sua volta dentro dos dias previstos,
sem faltar uma hora, para lhe entregar a cabeça.
A resposta foi um não categórico. Compreendendo o sofrimento do amigo,
Damon propôs ficar na prisão em lugar de Pítias e morreria no lugar dele se
necessário fosse. O tirano, surpreendido, aceitou a proposta e depois de um
prolongado abraço no amigo, Pítias partiu.
O dia marcado para sua execução amanheceu ensolarado. As horas passavam
céleres e a guarda já se mostrava inquieta. Entretanto, Damon procurava restabelecer
a calma, garantindo que o amigo chegaria em tempo. Finalmente chegara a hora da execução. Os guardas tiraram os grilhões dos pés de Damon e
o conduziram à praça, onde a multidão acompanhava em silêncio a cada um dos
seus passos. Subiu, então, ao cadafalso.
Uma estranha agitação levou a multidão a prorromper em gritos.
Era Pítias que chegava exausto e quase sem fôlego.
Porém, rompendo a multidão, galgou os degraus do cadafalso, onde,
abraçando o amigo, entregou-se ao carrasco sem o menor pavor.
Os soluços da multidão comovida chegaram aos ouvidos do tirano.
Este, pondo-se de pé em sua tribuna, para melhor se convencer da cena que
acabava de acontecer na praça, levantou as mãos e bradou com firmeza:
- Parem imediatamente com a execução! Esses dois jovens são dignos do amor dos homens de bem, porque sabem o quanto custa a palavra. Eles provaram saber o
quanto vale a honra e o bom nome! Descendo imediatamente daquela
tribuna, dirigiu-se a Pítias e a Damon. Dionísio estava perplexo e os abraçando comovidamente, lhes falou: - Eu daria tudo para ter amigos como vocês!
Fabulas - Parte 1
O Sapo e o Escorpião
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."
Uma parábola africana "Capturado" na Página do Sábio www.geocities.com/~esabio/
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."
Uma parábola africana "Capturado" na Página do Sábio www.geocities.com/~esabio/
terça-feira, 13 de abril de 2010
Sobre amigos
..."Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos, fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Quero que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou colo, quero sua maior alegria, amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que 'normalidade' é uma ilusão imbecil e estéril.... "
Oscar Wilde
A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos, fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Quero que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou colo, quero sua maior alegria, amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que 'normalidade' é uma ilusão imbecil e estéril.... "
Oscar Wilde
segunda-feira, 5 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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