segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Já passavam das onze quando ela sentiu o perfume dele preencher a sala de TV.
Era tão suave que ela precisou se aproximar bastante para que ficasse mais intenso.
Era tão adocicado quanto perdurava em sua memória.
Rodopiou encantada... ritmada, pois ele fora seu príncipe encantado. Ninguém além dele usaria o cetro.

A visão se evaporou, todavia ela mantivesse o sorriso nos lábios e a leveza em seu coração.

Era 4 de julho e os fogos estouravam em sua alma. O calor e a cor.
Amarelo, vermelho e verde.
Sódio, Lítio, Bário.
Agora ela admirava a tabela periódica.

Foi dormir com inquietação, o passado sempre dava um jeito de encontrá-la em seus sonhos e ela gostaria de poder impedir isso.
Fechou os olhos, fez o sinal da cruz e adormeceu.

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