quarta-feira, 30 de junho de 2010

Foi quando o amor explodiu em seu peito que ela conseguiu perceber o quanto o amava.
Não precisava mais se esconder disso.
Não havia nada que pudesse detê-la e em suas entranhas havia mais do que bem querer...
Abriu uma lata de coca zero (meu Deus, por que Diabos mudaram a fórmula da light???), tomou um trago, como se fosse o scoth de antes, porém agora estava embriagada de sentimentos.
Deitou no sofá e ainda não conseguia responder às perguntas do homem.
Não conseguia descobrir porque aquela relação fora fundada na mágoa, mas teria tempo de averiguar isso mais tarde.
Sim, teria tempo mais tarde, apesar de que poucos sabiam que ela já empurrara esse assunto por 30 anos.
Leu receitas e escolheu o jantar de hoje à noite, com a convicção de que a simplicidade de seu dia-a-dia garantia que suas altas aspirações intelectuais se acalmassem.
Pelo menos o jantar estaria sob seu controle.
Suas refeições nem sempre eram premeditadas e isso não lhe trazia paz.
Repetiu mentalmente as notas do ballet... ensaiou alguns passos e sorriu, pois lembrou-se da primeira vez que vestira as sapatilhas.
Guardou o caderno de anotações e voltou ao trabalho.

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