terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Era Natal e como a grande maioria, festejara com sua família.
O almoço fora seu maior presente este ano. Todos os entes estavam presentes em torno da mesma mesa e isso a emocionara. Cada qual com sua dificuldade, mas dera certo e lhe fora inaugural gostar daquela cena.
A criança despertara o amor e a cumplicidade daquelas pessoas. Todas tiveram motivos para compartilhar seu natal e ela sorriu porque sua criança também ficara feliz. E grata.

Aprendera que o amor realmente existia e que este a acompanhava aonde quer que ela estivesse.
Aprendera a cozinhar o cuscuz como quem anda de bicicleta.
Descobrira que seu futuro dependia apenas do seu melhor pensamento e que a estratégia melhor era pensar coisas boas para o próximo ano; poderia fazer unhas, maquiagem ou sapatos; desde que fizesse munida de sua tão conhecida paixão, estaria satisfeita.

Esquecera-se completamente de perguntar sobre a macumbaria, mas não se intimidara, pois haveria outro momento para esse assunto, além disso, a data cristã não comportava assuntos pagãos, apesar de conversar com andarilhos do Caminho, aspirantes a bruxos.
Levou a saudade no coração, mais uma vez. E não à toa sonhou naquela mesma noite.
Lembrara da mulher que afirmou ser momento de se preocupar mais com o espírito e menos com o planejamento profissional.

Agradecera novamente a presença de seus amigos.
Se eles soubessem o quanto lhes eram importantes... Assim ela falou.
Desejou amor, e propósito a cada um deles.
Voltou para casa e começou a preparar o cardápio da próxima ceia.

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