terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ele olhou para ela com olhar arrependido.
Ela olhou para ele com olhar de compaixão.
Pois ela lhe dera a liberdade. Ele a usou.
Ele odiou que ela lhe libertara, embora tenha resolvido cumprir o contrato.
Ela, de longe, testemunhou.
Duvidava que seria feliz.
Pouco importa.
Ela mantinha, passiva, sua capacidade de amar.
Amava no intransitivo, e por ser assim, poderia continuar sendo feliz.
Ela poderia seguir amando. Como Neruda.
Ele conhecia apenas Vinícius.
Ela era capaz de amar seu scoth como amava o amor de sua vida.
Era única.
Deu-lhe um beijo apaixonado.
Depois, saiu.
Queria seguir sua vida e acendeu um cigarro.
Tomou o último trago e passou pela porta.
Ele a amava como Chico, o Buarque.
Ela o amava como Elis, a Regina.

Um comentário:

Bete disse...

Oi Van!Que lindo blog!!!To lendo aos poucos e amando tudo!!!Saudades de voces!!!!! Bjosss linda!!!