sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Parece que persegue.
Por mais que corra, o bicho está sempre atrás.
Definitivamente não sei perdoar...  Não aprendi esse capítulo cristão!
E nada mais cristão que Natal. Mais humano. Mais depressivo.
Talvez seja por isso que sua presença anda me rondando.
Antes era mais assustadora, devastadora.
Agora, de uma forma mais simples e coloquial, é apenas dolorida.
Dói muito pensar no tanto que me entreguei.
No quanto trocamos distintas formas de intensidade.
Dói pensar, especificamente, no quanto confiei.
Confiei na mesma proporção que confio em mim,
e você sabe o que isso significa (pelo menos, conhece minha prepotência).
Você viu cada lágrima de minha angústia,
enterrou comigo vários cadáveres...
Ouviu minhas mais alegres risadas.
Isso nada importa agora.
Pois você está longe, e é exatamente aí que prefiro que fique.
Você roubou parte de minha fé nas pessoas.
Me fez sentir vergonha de minha generosidade.
Trouxe à tona o pior de mim, e só por isso tenho condições de agradecer.
Se descobri ser feliz com meu pior, imagine só...


***

Agora tudo tem outra forma.
Escolher, e não ser escolhida.
Amar, ainda sem ser amado.
Ser agente ativo.
Mergulhar no mundo, como se ele fosse real.
Sair pela porta dos fundo,
atravessando a sala de queixo pro ar!!!


***

Estou sentindo a felicidade me consumir...

Um comentário:

GizeldaNog disse...

Oi...
Estva preocupada à medida que o texto ia rolando, mas acabou de maneira magistral.

Lindoooo!

Bjs. Feliz Natal ! E que 2010 a faça levantar o queixo e sorrir -por dentro e por fora.