sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Partida

E então ele precisou lidar com mortos para reconhecer em si a intensidade da vida. Limpar seus corpos, arrumá-los para a vida e-terna. Com um cuidado e dignidade de poucos.
Eu precisei ressussitar alguns zumbis que enterrei, trazer à vida e então decidir o que fazer com as sobras, com os restos. Doloroso e aliviante.
É claro que nos pormenores, isso passa desapercebido, mas não pra você que vive comigo minhas maiores angústias, ainda que não anuncie saber.
Nunca para você, que me reconhece antes de mim mesma. Nunca prá você que faz o melhor arroz do mundo...
Sim, eu sou uma mulher de sorte!
Aliás, não de sorte, reconhecida!

Um comentário:

Ya Oliveira disse...

Nossa, seu blog é incrivelmente poético! Lindo. Te descobri através do blog de uma amiga e não resisiti, tive que adiciona-la nos blog que acompanho. Parabéns!