quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



Entrou e uma poltrona lhe foi indicada para sentar.
Lembrou seus dias, suas inquietações e amor.
Lembrou-se que era época de folia, de alegria, festa da carne?
E sendo festa, pra que usar máscaras? Por que usar um corpo que não o seu?
Fantasias? Estas rasgou, com prazer inigualável... deixou para trás, sem dor...
Soube afirmar seus desejos, soube afirmar sua negação... e isso interrompeu um dominó em decadência.
A queda de um castelo de cartas.
Aprendeu, como tantas outras coisas, a ouvir seu instinto, a segui-lo e a manter a chama acesa.
Não era um caminho fácil, mas com certeza era o mais vivo.
Lembrou-se da roda-gigante de outrora.
O panorama visto de cima é mais amplo, ainda que distante.
Mas é na vertical que a vista se torna mais real.

Nenhum comentário: